PARA OS PAIS DOS MEUS ALUNOS.
Esta tarde (ou manhã ou noite), em algum lar, um(a) professor(a) está preparando a aula para seu filho na escola, enquanto você trabalha, assiste TV ou está no facebook. Neste mesmo minuto, professores do mundo todo estão usando seu “tempo livre”, muitas vezes gastando do seu próprio bolso, para a educação, prosperidade e futuro do seu filho. Portanto guarde alguns minutos do seu dia e converse com seu filho a respeito do que ele aprendeu na escola, revise seu caderno de aulas e auxilie-o na realização de suas tarefas, faça parte, seja consciente nessa etapa da vida de seu(sua) filho(a).
"Copie e cole esta mensagem se você é Professor(a) ou se valoriza os Professores.
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013
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sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013
SINTE-RN discute implementação do terço de hora atividade
As discussões sobre o terço de hora atividade continuam. A nível nacional destaca-se a votação no Supremo Tribunal Federal que foi de cinco votos a favor e cinco contra. Com esse empate o entendimento jurídico é que os Tribunais Estaduais vão normatizar.
Em 2010, o SINTE-RN fez uma proposta de revisão do plano de carreira dos professores e suportes pedagógico, que se transformou em anteprojeto de lei e que está na Casa Civil desde novembro de 2010. A primeira providência do Sindicato foi levar a reivindicação ao governo pelo cumprimento. A segunda ação foi colocar na proposta de revisão do plano de carreira de 2010, mas o governo Rosalba não envia o projeto de lei à Assembléia Legislativa, apesar da constante cobrança do Sindicato.
A direção do Sindicato resolveu entrar com uma ação judicial, inicialmente na forma de liminar e o juiz negou. Recorreu-se da liminar e o juiz negou novamente sobre os argumentos de que a lei não é auto aplicável e que o estado não está preparado e isso pode causar um colapso no ensino público. “A ação será julgada e se perdemos iremos recorrer ao STF. A outra alternativa que temos é discutir em assembleia da categoria o que a ação já cobra do governo: o pagamento das horas do excedente de trabalho desde a vigência da lei até o presente momento”, comenta a coordenadora geral Fátima Cardoso.
Através do Sindicato pode-se solicitar às promotorias públicas que recomendem à secretaria de Educação o cumprimento da lei. A promotoria de Parnamirim, por exemplo, fez recomendação ao governo do estado. Qualquer interessado que desejar acionar esses poderes estará dando uma grande contribuição para a luta, basta entrar em contato com a direção do SINTE-RN.
FONTE: SINTE/RN
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013
Pesquisador afirma que estrutura das escolas adoece professores |
"O
ambiente escolar me dá fobia, taquicardia, ânsia de vômito. Até os
enfeites das paredes me dão nervoso. E eu era a pessoa que mais gostava
de enfeitar a escola. Cheguei a um ponto que não conseguia ajudar nem a
minha filha ou ficar sozinha com ela. Eu não conseguia me sentir
responsável por nenhuma criança. E eu sempre tive muita paciência, mas
me esgotei."
O relato é da professora Luciana Damasceno Gonçalves, de 39 anos.
Pedagoga, especialista em psicopedagogia há 15 anos, Luciana é um
exemplo entre milhares de professores que, todos os dias e há anos, se
afastam das salas de aula e desistem da profissão por terem adoecido em
suas rotinas.
Para o pesquisador Danilo Ferreira de Camargo, o adoecimento desses
profissionais mostra o quanto o cotidiano de professores e alunos nos
colégios é "insuportável". "Eles revelam, mesmo que de forma oblíqua e
trágica, o contraste entre as abstrações de nossas utopias pedagógicas e
a prática muitas vezes intolerável do cotidiano escolar", afirma.
O tema foi estudado pelo historiador por quatro anos, durante
mestrado na Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP). Na
dissertação O abolicionismo escolar: reflexões a partir do adoecimento e
da deserção dos professores , Camargo analisou mais de 60 trabalhos
acadêmicos que tratavam do adoecimento de professores.
Camargo percebeu que a "epidemia" de doenças ocupacionais dos
docentes foi estudada sempre sob o ponto de vista médico. "Tentei mapear
o problema do adoecimento e da deserção dos professores não pela via da
vitimização, mas pela forma como esses problemas estão ligados à forma
naturalizada e invariável da forma escolar na modernidade", diz.
Luciana começou a adoecer em 2007 e está há dois anos afastada.
Espera não ser colocada de volta em um colégio. "Tenho um laudo dizendo
que eu não conseguiria mais trabalhar em escola. Eu não sei o que vão
fazer comigo. Mas, como essa não é uma doença visível, sou
discriminada", conta. A professora critica a falta de apoio para os
docentes nas escolas.
"Me sentia remando contra a maré. Eu gostava do que fazia, era boa
profissional, mas não conseguia mudar o que estava errado. A escola
ficou ultrapassada, não atrai os alunos. Eles só estão lá por obrigação e
os pais delegam todas as responsabilidades de educar os filhos à
escola. Tudo isso me angustiava muito", diz.
Viver sem escola: é possível?
Orientado pelo professor Julio Roberto Groppa Aquino, com base nas
análises de Michel Foucault sobre as instituições disciplinares e os
jogos de poder e resistência, Camargo questiona a existência das escolas
como instituição inabalável. A discussão proposta por ele trata de um
novo olhar sobre a educação, um conceito chamado abolicionismo escolar.
"Criticamos quase tudo na escola (alunos, professores, conteúdos,
gestores, políticos) e, ao mesmo tempo, desejamos mais escolas, mais
professores, mais alunos, mais conteúdos e disciplinas. Nenhuma reforma
modificou a rotina do cotidiano escolar: todos os dias, uma legião de
crianças é confinada por algumas (ou muitas) horas em salas de aula sob a
supervisão de um professor para que possam ocupar o tempo e aprender
alguma coisa, pouco importa a variação moral dos conteúdos e das
estratégias didático-metodológicas de ensino", pondera.
Ele ressalta que essa "não é mais uma agenda política para trazer
salvação definitiva" aos problemas escolares. É uma crítica às inúmeras
tentativas de reformular a escola, mantendo-a da mesma forma. "A minha
questão é outra: será possível não mais tentar resolver os problemas da
escola, mas compreender a existência da escola como um grave problema
político?", provoca.
Na opinião do pesquisador, "as mazelas da escola são rentáveis e
parecem se proliferar na mesma medida em que proliferam diagnósticos e
prognósticos para uma possível cura".
Problemas partilhados
Suzimeri Almeida da Silva, 44 anos, se tornou professora de Ciências e
Biologia em 1990. Em 2011, no entanto, chegou ao seu limite. Hoje,
conseguiu ser realocada em um laboratório de ciências. "Se eu for
obrigada a voltar para uma sala de aula, não vou dar conta. Não tenho
mais estrutura psiquiátrica para isso", conta a carioca.
Ela concorda que a estrutura escolar adoece os profissionais. Além
das doenças físicas – ela desenvolveu rinite alérgica por causa do giz e
inúmeros calos nas cordas vocais –, Suzimeri diz que o ambiente provoca
doenças psicológicas. Ela, que cuida de uma depressão, também reclama
da falta de apoio das famílias e dos gestores aos professores.
"O professor é culpado de tudo, não é valorizado. Muitas crianças
chegam cheias de problemas emocionais, sociais. Você vê tudo errado,
quer ajudar, mas não consegue. Eu pensava: eu não sou psicóloga, não sou
assistente social. O que eu estou fazendo aqui?", lamenta.
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