sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

COMO FAZER UMA BOA REDAÇÃO

Como fazer uma boa Redação


Uma boa redação é aquela que permite uma leitura prazerosa, natural, de fácil compreensão, e que o leitor se sinta impactado. Para fazer bons textos é fundamental ter o hábito de leitura, e utilizar todas as regras da língua Portuguesa, e as técnicas de redação a seu favor.
Aprenda as principais:
Organize seus argumentos sobre o tema proposto, e os escreva de forma compreensível;
Em dissertações em que é necessário defender algo, não fique "em cima do muro", coloque claramente sua posição, pois muitas vezes estão interessados em avaliar sua capacidade de opinar, refletir e argumentar;
Escreva com clareza;
Seja objetivo e fiel ao tema;
Escolha sempre a ordem direta das frases;
Evite períodos e parágrafos muito longos;
Elimine expressões difíceis ou desnecessárias do texto;
Não use termos chulos, gírias e regionalismos;

Esteja sempre atualizado em tudo que acontece no mundo;
Além dessas dicas é preciso saber principalmente as regras de acentuação, pontuação, ortografia e concordância.
Estrutura da Redação
Um texto é composto de três partes essenciais: introdução, desenvolvimento e conclusão. O correto é haver um elo ligando essas partes, como se formassem a costura do texto. Na introdução é onde o tema abordado é apresentado, não deve ser muito extensa, e aconselha-se que tenha apenas um parágrafo de quatro a seis linhas. O desenvolvimento é o “corpo” do texto, a parte mais importante dele. É onde se expõe o ponto de vista, e argumenta de uma forma lógica para que o leitor acompanhe seu raciocínio. Nesta parte do texto faz-se uso de, no mínimo, dois parágrafos. A conclusão é o fechamento. Mas é válido lembrar que a introdução, desenvolvimento e conclusão são ligados e dependentes entre si para que a coesão e coerência textual sejam mantidas e o texto faça sentido.
Veja mais dicas para redigir um bom texto:
Leia muito, a leitura enriquece o vocabulário, você olha visualmente as palavras e envia para a sua memória a forma correta de escrevê-las;

Treine fazer redação com temas que poderão ser relacionados com a prova de concurso que irá fazer, ou então faça com temas da atualidade, e notícias constantes nos meios de comunicação;

Seja crítico de si mesmo, revise os textos de treino, retire os excessos, deixe seu texto “enxuto”.

Cronometre o tempo que é gasto nas suas redações de treino e tente sempre diminuir o tempo gasto na próxima;

Não ultrapasse as margens , nem o limite de linhas estabelecidas na prova;

Mantenha o mesmo padrão de letra do início ao fim do texto. Não inicie com letras legível e arredondada, por exemplo, e termine com ela ilegível e “apressada”, isso dará uma péssima impressão para o examinador da banca quando for ler;

Não faça marcas, rabiscos, não suje e nem amasse sua redação; Tenha o máximo de asseio possível;

Faça as redações de provas anteriores do concurso que você prestará;

Fique focado no enunciado que a banca está pedindo, não redija um texto lindo, mas que está totalmente fora do tema. Nunca fuja do tema proposto;

Use sinônimos, evite repetir as mesmas palavras;

Tenha seus argumentos fundamentados. Seja coeso e coerente;

Algo comum no mundo dos concurseiros é o grande temor pela redação nas provas. Muitas vezes o candidato se prepara para a prova objetiva, e deixa a redação de lado, perdendo grandes chances de passar. A única maneira eficaz de aprender a fazer uma boa redação é treinando, faça redações sobre diversos temas, leia e releia quantas vezes precisar, e lembre-se: a prática pode levar à perfeição.

FONTE: http://www.concursospublicosonline.com

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

COMO FAZER FICHAMENTO?

Fazer um fichamento bibliográfico não requer um processo complexo. O fichamento é um resumo, uma resenha crítica comentada das principais ideias de uma obra. Ele pode ser realizado em folhas para fichamento, como arquivos de computador e até numa base de dados, o que facilita sua procura na hora da necessidade.

Geralmente o fichamento é feito em duas fichas:
1. Bibliográfica (assunto e co-autor)
2. Conteúdo (resumo e cópia)
Em termos práticos e objetivos um fichamento completo deve conter:
1. Indicação bibliográfica (deve conter todas as fontes da leitura)
2. Resumo (deve conter as principais ideias abordadas assim como temas e assuntos)
3. Citações (deve conter as citações importantes que você encontrou na obra)
4. Comentários ( deve conter todos os comentários de entendimento da obra. Pose ser completa com outras obras e autores fazendo associações)
5. Ideação (deve conter todas as ideias que o leitor teve durante a leitura)
Utilizando essas regras básicas e objetivas, o seu fichamento ficará completo e funcional na hora da procura.

FONTE: http://www.comofazeronline.com

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Sindicato terá audiência com a secretária de Educação do Estado

Sindicato terá audiência com a secretária de Educação do Estado
A direção do Sinte se reunirá nesta quinta-feira (27) com a secretária de Educação do Estado, professora Betânia Leite Ramalho. A pauta foi enviada AA nova gestora desde o dia 7 deste mês e versa sobre os pontos negociados com os governos Vilma e Iberê.

Durante a audiência será discutido, ainda, que o novo governo firme compromissos como a revisão do Plano de Carreira do Magistério, principalmente no que diz respeito à tabela de salários da categoria. A implementação do Plano de Carreira dos Funcionários, o pagamento aos 3.331 professores das parcelas devidas pelo estado desde janeiro de 2010 também estão fazem parte dessas prioridades.
O Sindicato reivindicará, ainda, que sejam efetuados os pagamentos de atrasados restantes que são fruto de acordo com o governo em 24 de agosto/2010. A concessão de licença prêmio para os professores de sala de aula e a confecção da carteira profissional.

Fonte:SINTE/RN

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

SER PROFESSOR

Ser Professor...

Ser professor é ser artista
malabarista,
pintor, escultor, doutor,
musicólogo, psicólogo...
É ser mãe, pai, irmã, avó,
É ser palhaço, bagaço...
É ser ciência e paciência...
É ser informação.
É ser acção,é ser bússola,
é ser farol.
É ser luz, é ser sol.
Incompreendido? ...Muito.
Defendido? Nunca.
O seu filho passou?...
Claro, é um génio.
Não passou?
O professor não ensinou.
Ser professor
É um vício ou vocação?
É outra coisa...
É ter nas mãos
o mundo de amanhã.

Amanhã.
Os alunos vão-se...
E ele, o mestre, de mãos vazias,
Fica com o coração partido.
Recebe nova turmas,
Novos olhinhos ávidos de cultura
E ele, o professor, vai despejando
Com toda a ternura, o saber,
a orientação
Nas cabecinhas novas que amanhã
Luzirão no firmamento da pátria
Fica a saudade
A amizade.
O pagamento real?
Só na eternidade.

FONTEhttp://elizinharocha.blogspot.com

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Os livros mais lidos do mundo

Os livros mais lidos do mundo

11 - Ilusões Perdidas,de Honoré de Balzac

Personagens tão reais quanto coisas,suas relações com dinheiro,amor e status, a busca pela glória,o choque das gerações,a inveja e o ciúme – todos os sentimentos humanos são recriados por Balzac (1799-1850) neste romance inesquecível.Respire fundo antes de entrar;é aos poucos que Balzac vai acumulando cenas e observações que vão ganhando sutileza e profundidade,e a figura de Lucien de Rubempré,o talento provinciano e romântico que tenta se afirmar em Paris,ao mesmo tempo nos expõe suas fraquezas e mediocridades e nos causa empatia irreversível.

12 - O Vermelho e o Negro,de Stendhal

Ao lado de Ilusões Perdidas ,é o grande romance do século 19. Mas não se assuste com isso ou com o rótulo de "clássico"e suas mais de 500 páginas.Deixe o ritmo de Stendhal (1783-1842)conduzi-lo,e a recompensa virá no conhecimento de Julien Sorel,o pobre ambicioso que quer ascender socialmente numa Paris em convulsão,mas nunca é inteiramente "aceito"porque,dono de um objetivo só,não pertence a grupos e desconhece seus códigos.Como em todo grande romance,não sabemos de que lado ficar.

13 - Madame Bovary,de Gustave Flaubert

Depois de tantos romances sócio-psicológicos majestosos como os de Balzac e Stendhal,Flaubert (1821-80)veio criar uma nova forma de contar histórias.Em Madame Bovary ele se ateve ao enredo tradicional,uma historinha de adultério.Mas colocando a mulher como protagonista e pintando uma galeria de homens patéticos,cada um a seu estilo,Flaubert reverteu a retórica e forjou um estilo cuidadosamente despojado,que rejeita o "crescendo"e o detalhismo.Flaubert revolucionaria a prosa de ficção ao defender que cada história tem seu estilo e a jamais se repetir de um livro para outro.

14 - Tom Jones,de Henry Fielding

Depois da sátira moral de Jonathan Swift em Gulliver ,o romance inglês nunca mais seria o mesmo.Agudo e irônico como Swift,Fielding (1707-54)veio lhe retirar o moralismo e dar um alcance social em Tom Jones ,uma trama realista que envolve pela sensual seqüência de peripécias – amores,duelos,banquetes – comentadas pelo narrador falívele corajoso.A riqueza de personagens,especialmente da virtuosa Sofia,o Graal que Tom persegue,é acentuada pelo encadeamento das ações,em vez de atenuada em estereótipos.Um grande feito literário.

15 - Nicholas Nickleby,de Charles Dickens

Se Honoré de Balzac é o ápice da criação de personagens na Paris da primeira metade do século 19,Charles Dickens o é em Londres.Autor de numerosas histórias que passaram ao imaginário ocidental com uma força única,Dickens atingiu em Nicholas Nickleby (1839)uma energia que não se repetiria nas obras mais maduras e controladas,como David Copperfiel e Bleak House .Ninguém capturou o mundo social que envolve as crianças como Dickens,o impacto do abandono e dos maus-tratos e o sentimento de revolta que esse impacto vai deixar para sempre.

16 - Emma,de Jane Austen

No romance inglês do século 19 algumas mulheres despontaram com uma capacidade impressionante de observação sintética:Charlotte Brontë (Jane Eyre ),George Eliot (Middlemarch )e Jane Austen (1775-1817).Das três,Austen é aquilo que se acostumou a chamar de mais "feminina": suas mulheres parecem frágeis ou impotentes em boa parte do tempo,
mas nos momentos cruciais revelam uma força de caráter e expressão que só se adivinhava em detalhes.Os costumes e suas motivações – sempre em torno de casamentos – são descritos com uma finura insubstituível.

Fonte:http://www.shop-livros.com

Os livros mais lidos do mundo

Os livros mais lidos do mundo
6 - As Viagens de Gulliver,de Jonathan Swift

Nenhum escritor teve tão poucas papas na língua para descrever a pobreza moral humana do que Jonathan Swift. Ensaísta e panfletário brilhante,ele publica As Viagens de Gulliver em 1726 com a intenção de "envergonhar o mundo, mais do que diverti-lo".E,divertindo-o como poucos, ele põe a nu as pretensões humanas nas viagens de Gulliver a Liliput, Brobdingnag,Laputa e Glubdubdrib,com seus seres vaidosos, imediatistas,bitolados e falsos, sintetizados finalmente nos Yahoos, sujos e degredados e estranhamente semelhantes aos homens. Swift fundou a prosa inglesa moderna e seu livro é a demonstração de que o orgulho humano não é tão racional.


7 - A Odisséia,de Homero

Não há que escolher entre A Ilíada e A Odisséia :os dois livros devem ser lidos.primeiro é o maior poema sobre uma guerra,ao mesmo tempo épico e detalhista,um prodígio de fluência narrativa e invenção melódica. A Odisséia é uma multiplicação ainda maior de histórias dentro da mesma história,a grande viagem de retorno de Ulisses (Odisseu)para sua terra,interceptada por seres fascinantes e lugares surpreendentes,que testam a grande virtude do navegador:sua capacidade de não perder o bom senso no pico das crises,de não ser sugado pelo abismo dos sentidos e dos desejos.Se houvesse um só livro para ler,e esse livro fosse A Odisséia ,não poderíamos reclamar da literatura.


8 - Ulisses,de James Joyce

James Joyce era um sujeito tão excêntrico,tão excêntrico,que um dia teve uma idéia tão ambiciosa quanto óbvia:adaptar A Odisséia para nossa pobre vida cotidiana,sem heroísmos e mitologias,sem destinos grandiosos ou mesmo qualquer destino.E em 1992 ele publicou Ulisses, um relato que comprime em 24 horas de um perambular por Dublin os dez longos e atribulados anos que o Ulisses homérico gastou para voltar a Ítaca.Numa linguagem repleta de inovações,trocadilhos e cortes, perturbadoramente descontínua,entramos na cabeça de Stephen Dedalus, Leopold Bloom e Molly Bloom,três irlandeses aparentemente comuns. E de repente nos sentimos num mundo tão deslocado quanto o de Homero, como se o familiar e o estranho fossem um só.

9 - Em Busca do Tempo Perdido,de Marcel Proust

Publicado entre 1913 e 1927 em sete volumes,este é o maior romance do século, tanto no tamanho como na complexidade.Dezenas de personagens se cruzam em histórias de amor,ciúme e inveja,na França da Belle Époque,e a narrativa vai passando do detalhe ao painel e do painel ao detalhe sem fazer projeções definidas,num constante reajuste de tudo aquilo que nunca será perfeitamente ajustado.A grandeza do romance de Proust pode ser entendida na seguinte equação:há centenas de cenas e figuras memoráveis,mas,tal como um poema,não se pode resumir a história sem prejuízo dela mesma,tal o feitio das frases, modulação das vozes,a inteligência do texto.O micro e o macro nunca se relacionaram assim antes.

10 - As Flores do Mal,de Charles Baudelaire

A poesia francesa e mundial,a arte e a própria vida nunca mais foram as mesmas depois que Charles Baudelaire escreveu As Flores do Mal, em 1857.Acusada de blasfêmia e obscenidade,a reunião de poemas sobre o tédio e a hipocrisia da vida humana é menos agressiva do que pode parecer.O segredo de Baudelaire,que lhe permitiu se apropriar do passado e preparar o futuro da literatura,foi juntar a eloqüência clássica com as dissonâncias e imprecisões que seriam marcas da modernidade. Numa mesma estrofe,ele vai do sussurro ao grito,do doce ao amargo,e cria uma experiência vital.Baudelaire também foi grande crítico de música e pintura,derrubando o mito de que o crítico é um criador frustrado.

Fonte: http://www.shop-livros.com

Os livros mais lidos do mundo

Os livros mais lidos do mundo
1 - Crime e Castigo,de Dostoiévski

O romance que marca dez entre dez adolescentes.Publicado em 1866, conta a história de Raskolnikof,um sujeito atormentado que decide matar uma mulher, é surpreendido pelo acaso,tem de cometer outro crime e passa a viver torturado pela culpa.Todos os conflitos do ser humano estão sintetizados nos pensamentos dessa figura que se
espreita sinistramente por São Petersburgo.Qual o limite da racionalização de um indivíduo?Até onde sua justificativa conceitual pode permitir um comportamento socialmente condenado?Depois deste livro,você nunca mais vai ter uma resposta definitiva para essas dúvidas.


2 - Dom Quixote,de Miguel de Cervantes

O pai de todos os romances.Dom Quixote leu demais as histórias heróicas de cavaleiros que enfrentavam tudo e todos em nome de uma paixão transcendental e decide se tornar um deles.Apanha no livro inteiro.Sempre acompanhado de seu leal e quase sádico Sancho Pança,enfrenta moinhos imaginários em uma Europa que já não existe. Publicado em duas partes,em 1605 e 1615,o livro estabeleceu um padrão de narrativa distanciada,não raro irônica,que todos os grandes romances seguiriam depois.Mas,deturpado de seu sentido original,ainda é visto como uma história de triunfo ou antitriunfo.Não:é uma conversa que está dentro de cada um de nós.


3 - A Comédia,de Dante Alighieri

Assim como Dom Quixote ,trata-se de uma sátira que os resumos convencionais costumam não acentuar.Mais tarde chamada de A Divina Comédia ,o livro escrito entre 1306 e 1321 por Dante é uma espécie de vingança contra sua cidade,Florença,cujos habitantes são distribuídos pelo inferno e purgatório; apenas alguns merecem o paraíso,
especialmente a amada Beatriz e o guia do narrador,Virgílio,o autor de A Eneida .Normalmente exaltado por seu imaginário rico em precisão e sentimentos,o longo poema toscano também é inigualável em sua capacidade de unir o coloquial e o sofisticado,atingindo uma unidade complexa que raríssimos tradutores captam.

4 - Hamlet,de William Shakespeare

Quase tudo que Shakespeare (1564-1616)escreveu merece ser lido. Nenhum autor traduziu como ele as angústias do homem de qualquer época, confrontado entre a palavra e a justiça.Das peças mais famosas, Hamlet (1600 ou 1601) acaba sendo a escolhida por ser a mais filosófica, quase sem ação,sustentada em monólogos inesquecíveis.Mais enxuta que Rei Lear e mais regular que Macbeth, contém toda a ambigüidade da própria condição humana.Com provas tão fracas como o fantasma do pai que lhe aparece,Hamlet parte para se vingar do tio e,sobretudo,da mãe,contando com a falta de tato de sua amada Ofélia.E,ao contrário do que ocorre nas peças gregas,não há equilíbrio a restabelecer no final: apenas a imperfeição de qualquer verdade proferida pelo homem.

5- A Morte de Ivan Ilitch,de León Tolstói

Tolstói escreveu Guerra e Paz (1865-69)e Anna Karenina (1875-77),a maior história de guerra e a maior história de amor que o leitor já conheceu. Mas entre nesse mundo exclusivíssimo com A Morte de Ivan Ilitch ,um personagem que ninguém construiu igual no mesmo número de páginas. O pensamento de Tolstói,moralista,grandiloqüente,é de difícil assimilação pelo leitor moderno,mas a descrição do carreirista sem caráter Pedro Ivanovitch se faz nas dez páginas iniciais,nas quais nada,nenhum detalhe, é redundante.Em sua sede de aceitação social,incapaz de ter opinião própria,Ivanovitch leva uma vida covarde e representa o homem no que tem ao mesmo tempo de mais mesquinho e presunçoso:a crença de que não vai morrer.Sua vida é a própria morte.

Fonte:http://www.shop-livros.com

sábado, 22 de janeiro de 2011

Os livros mais vendidos de 2010 – Bons Livros pra ler

Os livros mais vendidos de 2010 – Bons Livros pra ler
1- A Breve Segunda Vida de Bree Tanner – Uma História de Eclipse
Meyer, Stephenie
2 – Querido John – O que Você Faria com uma Carta que Mudasse Tudo?
Sparks, Nicholas
3- A Cabana
Young, William P.
4 – A Última Música
Sparks, Nicolas
5 – Comer, Rezar, Amar
Gilbert, Elizabeth
6 – Sussurro – Hush, Hush
Fitzpatrick, Becca
7 – O Pequeno Príncipe – Brochura
Saint-exupéry, Antoine
8 – O Símbolo Perdido
Brown, Dan
9 – Diário de um Banana 3 – A Gota D’ Água
Kinney, Jeff
10 – O Mar de Monstros
Riordan, Rick
Fonte: novo-MUNDO
Fonte:http://raipe.com.br

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Governo do Estado decreta fim de contratos com estagiários

Governo do Estado decreta fim de contratos com estagiários
O Sinte foi informado de que o Governo do Estado está cancelando os contratos com os estagiários que atuam como educadores. Para a direção do Sindicato, essa pode ser uma boa iniciativa da administração estadual. Basta que venha acompanhada da realização de concurso público, para suprir a demanda das escolas, e da convocação dos profissionais já selecionados. Além disso, é importante que uma medida que garanta a quantidade necessária de educadores em sala de aula no início do ano letivo é imprescindível. Do contrário, o início do período letivo chega carregado de transtornos para os alunos que aguardam um ano melhor e com professores em sala de aula.

FONTE: SINTE/RN

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Sinte reafirma a luta pelo pagamento da primeira parcela do PCCR

Sinte reafirma a luta pelo pagamento da primeira parcela do PCCR
A direção do Sinte continua lutando pelo pagamento da primeira parcela do Plano de Carreira dos funcionários. Embora não se tenha notícia sobre a data do pagamento, a direção do Sinte reafirma que irá buscar todas as formas para garantir o cumprimento da lei. A coordenadora geral do Sinte, Fátima Cardoso diz acreditar que a mobilização da categoria está feita. Por isso o governo deverá avaliar que o descumprimento da lei levará ao estado de anormalidade no serviço público. Trata-se de todos os servidores da administração direta. A dirigente lembra,a inda, que para garantir o processo de publicação do enquadramento foi preciso pressão e assegura: “Se não resolvermos logo essa questão iremos fazer uma visita à governadoria com os servidores”.

FONTE: SINTERN

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Internet pode ter ajudado os que já leem, dizem especialistas

Internet pode ter ajudado os que já leem, dizem especialistas
Juliana Doretto
Especial para o UOL Educação
Em Brasília

O que vem antes? O tempo gasto com a rede mundial de computadores ou o desenvolvimento da leitura? Analistas ouvidos pelo UOL Educação apontam que os dados divulgados pelo Pisa não estabelecem uma relação de causa e efeito entre as tarefas online e a melhor performance do estudante . Uma das hipóteses é que os alunos que já têm habilidades desenvolvidas sejam também os que mais leem online.

E-mail, bate-papo e pesquisa online melhoram nota em teste de leitura
Zoraide Faustinoni, pedagoga da ONG Cenpec (Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária), explica que, como o relatório do programa não tece uma relação entre o tipo de material com que o aluno mais trabalha na rede e o seu desempenho na prova, não se sabe se o estudante lê na internet porque já tem boa capacidade de leitura desenvolvida ou se consegue essa habilidade com o texto da rede.

“É preciso pensar em como se forma um leitor. É indiscutível que o jovem do século 21 tem de ter acesso à internet. Quanto mais acesso às fontes onde os textos circulam, melhor. Mas o que os jovens leem online? E-mail e conversas representam um nível de leitura mais elementar, diferente de uma notícia, por exemplo”, diz.

A pedagoga sugere que para que o estudante se interesse por textos mais complexos, desenvolvendo procedimentos de leitura mais eficientes, ele precisa não apenas de acesso ao material mas também do auxílio de “leitores mais experientes”, papel que tem de ser exercido sobretudo pela escola e pelo professor. “Apenas colocar o menino na frente do computador não resolve. Não existe uma relação mágica.”

Veruska Ribeiro Machado, que em seu doutorado em educação pela UnB (Universidade de Brasília) estudou o primeiro ciclo do Pisa (2000, 2003 e 2006), concorda com Zoraide Faustinoni ao se perguntar se “o hábito de ler online contribui para o desenvolvimento de habilidades de leitura ou o leitor proficiente recorre mais à leitura online?”. Ela ressalta que o “letramento digital” demanda o desenvolvimento de novas habilidades, mas não acredita, no entanto, que apenas o tempo que se passa na rede possa influenciar o desempenho dos estudantes. “Há outros fatores que precisam ser analisados nesse contexto”, diz.

Ela observa ainda que, como o teste de leitura do Pisa trabalha com textos que pertencem a diversos gêneros (que nem sempre são trabalhados em sala de aula), a internet pode ter servido também como um treino involuntário para o exame. “Os gêneros escolares não dão conta da diversidade de textos que circula na sociedade. Entretanto, para aqueles estudantes que têm contato com maior diversidade de textos em meio digital, é possível que os textos da prova de leitura do Pisa tenham sido mais familiares, facilitando, assim, a sua compreensão.”
FONTE: UOL EDUCAÇÃO

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

O PISO DOS PROFESSORES

O PISO DOS PROFESSORES E AS FRAUDES PRATICADAS UTILIZANDO AS PORTARIAS DO MEC - REAJUSTE DO VALOR ALUNO QUE NÃO REAJUSTA O PISO – A DANÇA DO CRIOULO DOIDO – A MAIOR FRAUDE PRATICADA SOBRETUDO PELOS PREFEITOS DO BRASIL

A LEI FEDERAL Nº 11738, de 16 de julho de 2008, instituiu o piso salarial profissional para os profissionais do magistério da educação básica. POBRE LEI! PARECE QUE NASCEU PARA SER VIOLADA! PARECE EXISTIR PARA DEMONSTRAR QUE O PRINCÍPIO DA LEGALIDADE NO BRASIL É UMA PIADA. VALE O PRINCÍPIO DA VONTADE DA AUTORIDADE, DO GESTOR MÁXIMO, DO CHEFE DO PODER EXECUTIVO. DO ALCAIDE. DO NOVO CORONEL! Eis a realidade.



Professores de Ipaumirim em greve pelo piso


A primeira violação foi com a decisão do STF, que interpretando a lei do piso mudou a própria lei. Fenômeno jurídico em que a interpretação altera o próprio texto da lei. Foi o que aconteceu com a ADIN nº 4167/2008, que através da liminar só afetou 03 pontos da Lei nº 11738/2008. Eis o que a concessão da liminar afetou:


1) DECLAROU QUE ATÉ JULGAMENTO DO MÉRITO O PISO SERIA A REMUNERAÇÃO DO SERVIDOR;
2) SUSPENDEU O 1/3 DE ATIVIDADE EXTRACLASSE;
3) A VIGÊNCIA DO PISO A PARTIR DE JANEIRO DE 2009 PARA EVITAR PASSIVO TRABALHISTA EM RELAÇÃO AO ANO DE 2008;

A Ação Direta de Inconstitucionalidade foi movida por 05 chefes do Poder Executivo, governadores, atacando a lei do piso. Depois ao analisar só a liminar o Poder Judiciário, outro poder da República, mais uma vez, prejudicou a lei do piso. A demora em julgar a ação é outro ataque à lei do piso. EITA QUE LEI PARA SOFRER!



Professores protestam pelo piso


Resta claro que em nenhum momento o artigo 5º, da lei do piso, sofreu qualquer ataque, permanecendo na íntegra, devendo, pois ser obedecido, mas vem sendo violado de forma acintosa, para não dizer fraudulenta. Veja o que diz o artigo 5º e seu parágrafo:

. 5o O piso salarial profissional nacional do magistério público da educação básica será atualizado, anualmente, no mês de janeiro, a partir do ano de 2009.
Parágrafo único. A atualização de que trata o caput deste artigo será calculada utilizando-se o mesmo percentual de crescimento do valor anual mínimo por aluno referente aos anos iniciais do ensino fundamental urbano, definido nacionalmente, nos termos da Lei no 11.494, de 20 de junho de 2007.
Não precisa ser sábio, nem um jurista do porte de Rui Barbosa, Carnelutti ou Ihering, para concluir:

Que o reajuste do piso deveria ser anual;
Que o primeiro reajuste do piso deveria ter ocorrido em janeiro de 2009;
Que o segundo reajuste do piso deveria ter ocorrido em janeiro de 2010;
Que o terceiro reajuste do piso deve ocorrer em janeiro de 2011;
Que o índice de reajuste é o mesmo do reajuste do valor anual mínimo por aluno.



Professores do Ceará inteiro nas ruas de Fortaleza - pelo piso


Segundo o artigo 15, da Lei do FUNDEB, Lei nº 11494/2007:

Art. 15. O Poder Executivo federal publicará, até 31 de dezembro de cada exercício, para vigência no exercício subseqüente: IV - o valor anual mínimo por aluno definido nacionalmente.
Então, o índice está contido nas portarias interministeriais do MEC, que deveriam ser publicadas todo dia 31 de dezembro.



Professores de Caucaia reivindicam o piso
AQUI, PEÇO SUA ATENÇÃO! SEGUIREI O PRÓPRIO RACIOCÍNIO DO MEC. QUE INVENTOU O RACIOCÍNIO CURVO E COMO EINSTEIN TEM RELATIVIZADO TUDO, SEJA QUANDO AGE, SEJA QUANDO SE OMITE. A PREJUDICADA SEMPRE A LEI DO PISO! A CATEGORIA PREJUDICADA A DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO! SÓ QUE EINSTEIN ACERTOU, CAUSANDO UMA REVOLUÇÃO NA FÍSICA. QUANTO AO MEC VEM ERRANDO IMPEDINDO A REVOLUÇÃO DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA!

Vou fazer cálculos utilizando só as portarias que reajustaram o valor aluno desde 2008, combinando com a Lei FUNDEB, a Lei do Piso, sequer seguirei o raciocínio do movimento sindical. POIS O MEC NÃO ESTÁ SEGUINDO NEM MESMO O SEU PRÓPRIO RACIOCÍNIO! NEM AS SUAS PORTARIAS! AINDA QUER MONTAR UMA MESA DO PISO, POUCO REPRESENTATIVA, QUE QUER DÁ ESPAÇO PAR AO MOVIMENTO SINDICAL APENAS PARA UMA CONFEDERAÇÃO, QUE DE FATO REPRESENTA SÓ PARTE DOS EDUCADORES DO BRASIL, CUJA LEI DO PISO TEM SIDO VILIPENDIADA.

PELO RACIOCÍNIO DEFENDIDO PELO MEC: basta pegar a portaria que fixou o valor aluno para 2008, depois as portarias que fixaram valor aluno para 2009, 2010 e 2011. Calcular então o índice de um ano para outro. Deveriam ter só 03 portarias, desde o reajuste do valor aluno para 2008, através das quais se deveria calcular qual foi o percentual de reajuste por aluno. Mas existem muitos mais que 03 portarias. Vejamos quais são e os valores por aluno estipulados em cada uma delas por ano, podendo ser acessadas no seguinte link, estão em ordem decrescente na mesma página de 2011 para 2008: http://www.fnde.gov.br/index.php/fundeb-legislacao, a saber:

Valor aluno para o ano de 2008 R$ 1.132,34. Portaria estipulando valor aluno para o ano de 2008:

Última Portaria interministerial nº 1027, de 19/08/2008, publicada no Diário Oficial da União de 20/08/2008, estipulando o valor aluno para 2008 em R$ 1.132,34.

Valor aluno para o ano de 2009 R$ 1.221,34. Portarias estipulando valor aluno para o ano de 2009:

Portaria interministerial nº 788, de 14/08/2009, publicada no Diário Oficial da União de 14/08/2009, estipulando o valor aluno para 2009 em R$ 1.221,34. Mas teve outra portaria, a de nº 221, de 10/03/2009.

Valor aluno para o ano de 2010 R$ 1.414,85. Portarias estipulando valor aluno para o ano de 2010:

Portaria interministerial nº 538-A, de 26/04/2010, publicada no Diário Oficial da União de 05/05/2010, estipulando o valor aluno para 2010 em R$ 1.414,85. Mas teve um aportaria anterior, de 31/12/2009, fixando valor diferente, mas retificado pela portaria 538-A.

Valor aluno para o ano de 2011 R$ 1.722,05 ( talvez só por enquanto). Portaria estipulando valor aluno para o ano de 2011:

Portaria interministerial nº 1459, de 30/12/2010, publicada no Diário Oficial da União de 03/01/2011, estipulando o valor aluno para 2011 em R$ 1.722,05.

Têm-se as seguintes variações e os seguintes percentuais ano a ano do valor aluno desde o ano de 2008:

R$ 1.221,34 – R$ 1.132,34= R$ 89,00 que em percentual corresponde a: 7,85%

R$ 1.414,85 – R$ 1.221,34= R$ 193,51 que em percentual corresponde a: 15,84 %

R$ 1.722,95 – R$ 1.414,85= R$ 308,10 que em percentual corresponde a: 21,77 %


Assim, SEGUINDO O RACIOCÍNIO DO MEC, o valor inicial do piso de R$ 950,00 deve ser multiplicado por 1,0785
( Piso para 2009 R$ 950,00 x 1,0785=R$ 1.024,57)

Depois o novo resultado multiplicado por 1,15
(Piso para 2010 R$ 1.024,57 x 1,1584% = R$ 1.186,86)

Finalmente o montante multiplicado por 1,2177
Piso para 2011 R$ 1.186,86 x 1,2177 = R$ 1.445,23 Valor do piso para 2011.

FICA UMA PERGUNTA: Como o MEC parou no piso de R$ 1.024,57??? E cadê o piso que o MEC entende para 2011???


Maracanaú - a maior greve de 2010 - Professores reivindicando o piso - Foram písoteados!


FAÇAMOS AGORA UM CÁLCULO GENÉRICO: Desde 2008 (Valor aluno R$ 1.132,34) até janeiro de 2011 (R$ 1.722,85) tem-se que o valor aluno foi reajustado em:

R$ 1.722,05 – R$ 1.132,34= R$ 589,71. Tem-se que o reajuste valor aluno, utilizando as últimas portarias, desde 2008, em percentual, corresponde a um reajuste de 52,07%. Logo multiplicando o piso de R$ 950,00 X 1,05207, toda variação do valor aluno desde 2008, chega-se ao valor do piso mínimo de R$ 1.444,65, para o ano de 2011. O QUE PODE SER O MENOR DE TODOS OS PISOS. IMPOSSÍVEL, ILEGAL E IMORAL SER PIOR! Estamos trabalhando com os percentuais e valores mais rasteiros. Lembre-se disso!

Tem-se que mesmo seguindo o raciocínio do MEC, O PIOR E MAIS ELEMENTAR DE TODOS, o piso está sendo fraudado pelos municípios. Tem-se que a lei do piso está sendo rasgada, a lei do FUNDEB desprezada e a Constituição Federal espezinhada. Quanto à quantidade de portarias publicadas pelo MEC são tantas, que só servem para serem mal utilizadas pelos prefeitos e suas assessorias para causar prejuízos aos profissionais da educação. As portarias São um verdadeiro caos, o samba do crioulo doido. Hora de levar a sério as leis e respeitar a Matemática, que anda se tornando inexata na mão dos que desvirtuam as leis, as verbas do FUNDEB e os princípios da matemática, para mascarar o mau uso das verbas do FUNDEB. Enquanto isso o professor pisoteado, o piso pisado e os princípios da Matemática no pelourinho levando a maior pisa em toda a história da humanidade. Enquanto isso:

A QUALIDADE DA EDUCAÇÃO DEFINHA NA UTI SOCIAL E DOS DIREITOS HUMANOS. SÓ A LUTA SOCIAL TIRARÁ A DESVALORIZAÇÃO DOS PROFESSORES E A QUALIDADE DA EDUCAÇÃO DA UTI. Movimento Sindical! Ouça-me! Chegou a hora da grande cruzada! 2011 é o começo do dia “D”. Como diria Jesus: - É chegada a hora!


Apoie a luta pelo piso. Você pode participar da comunidade de apoio ao piso no Orkut:

http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=110423398


Ou do grupo que apoia a luta dos professores no facebook:



http://www.facebook.com/event.php?eid=184250704932702&index=1

FONTE: valdecyalves.blogspot.com

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

EDUCAÇÃO... É PRIORIDADE?

Ser ou não ser professor... eis a questão. Em São José do Campestre - RN, a Educação está sendo paga através de parcelas, eu particularmente, acho isso uma palhaçada... aqui, é preciso gostar muito da profissão, para levá-la à diante, não temos nenhum incentivo, o que é uma pena... pois sem valorização à Educação, não haverá transformação.
Professora Kika.

EDUCAÇÃO - RN

EDUCAÇÃO-RN: Dos 17 mil professores, 8 mil estão fora da sala de aula

A Secretaria Estadual de Educação do RN tem 17 mil professores. Destes, 8 mil estão fora da sala de aula, sendo a maioria cedido a outros órgãos. Em contrapartida, dois mil estagiários estão ilegalmente atuando como professores.

Diante disso, a governadora Rosalba Ciarlini convocará os professores da Educação que estão cedidos a outros órgãos e os colocará na sala de aula.

A medida deverá ser feita nos próximos dias e executada antes do início do ano letivo, marcado para o a primeira quinzena de fevereiro.

Aqui no RN é assim, enquanto uns professores se matam de trabalhar, outros estão acostumados com esse ciclo maléfico que se instalou em nossa educação ficam ganhando o dinheiro do FUNDEB na boa.

Está ai uma coisa que eu estou pagando para ver se vai funcionar. Os ajeitadinhos políticos... Sabem... Eles não vão permitir mesmo que o certo aconteça.

A senhora excelentíssima governadora não devia nem ter tocado nesse assunto, esse sistema está instalado a várias décadas em nosso estado.Você é bem machinha se conseguir governadora. Mas é de verdade, não é so de faz de conta não, para fazer propaganda.

FONTE: BLOG DO PROFESSOR TOINHO.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

RUI BARBOSA

Estadista e escritor brasileiro
Rui Barbosa
5/11/1849, Salvador (BA)
1o/3/1923, Petrópolis (RJ)
Da Página 3 Pedagogia & Comunicação

Rui Barbosa consagrou-se como a águia de Haia, na Conferência de paz daquela cidade, em 1907
Rui Barbosa de Oliveira bacharelou-se pela Faculdade de Direito de São Paulo em 1870. No início da carreira, na Bahia, engajou-se numa campanha em defesa das eleições diretas e da abolição da escravatura. Depois, seria político relevante na República Velha, ganhando projeção internacional durante a Conferência de Paz de Haia (1907), em que defendeu a teoria brasileira de igualdade entre as nações.

Eleito deputado na Assembléia Provincial da Bahia em 1878, passou no ano seguinte a deputado geral (ou seja, representante da província no Legislativo nacional, no Rio de Janeiro). Atuou na elaboração da reforma eleitoral, na reforma do ensino e na emancipação dos escravos.

Com a República, tornou-se vice-chefe do governo provisório e assumiu a pasta das Finanças. Também escreveu o projeto da Carta Constitucional da República. Sendo dissolvido o Congresso por Deodoro da Fonseca, Rui abandonou o cargo que ocupava e passou à oposição.

Em 1893, envolveu-se na Revolução da Armada e acabou exilado. Após ter passado pela Argentina, Lisboa, Paris e Londres, voltou para o Brasil e foi eleito senador pela Bahia em 1895.

Rodrigues Alves, presidente da república, designou-o representante do Brasil na 2ª Conferência de Paz de Haia. No Brasil, dada sua brilhante inteligência e eloqüência, ganhou por isso o título "Águia de Haia".

A verdade, porém, é que a impressão causada por lá não foi tão positiva assim (o representante alemão, por exemplo, não foi o único a considerar Rui "o mais aborrecido dos participantes"). No final da vida, ainda seria eleito juiz do Tribunal Internacional de Haia.

Em 1916, indicado pelo então presidente Venceslau Brás, representou o Brasil no centenário da independência argentina, discursando na Faculdade de Direito de Buenos Aires sobre o conceito jurídico de neutralidade. Em plena Primeira Guerra Mundial, o discurso causaria a ruptura das relações do Brasil com a Alemanha.

Três anos depois, Rui recusaria o convite para chefiar a delegação brasileira na Conferência de Versalhes (1919), que estipulou os termos da paz entre vitoriosos e derrotados na Primeira Guerra.

Com seu enorme prestígio, Rui Barbosa candidatou-se duas vezes à Presidência da República (nas eleições de 1910, contra Hermes da Fonseca, e nas de 1919, contra Epitácio Pessoa em 1919), mas foi derrotado em ambas.

Como jornalista, escreveu para diversos órgãos, em especial "A Imprensa", o "Jornal do Brasil" e o "Diário de Notícias", tendo presidido esse último. Sócio-fundador da Academia Brasileira de Letras, sucedeu a Machado de Assis na presidência da casa.

Rui Barbosa morreu aos 73 anos. Sua extensa bibliografia, em mais de cem volumes, reúne artigos, discursos, conferências e anotações políticas escritas durante toda uma vida. Sua vasta biblioteca, com mais de 50 mil títulos, pertence à Fundação Casa de Rui Barbosa, em sua antiga residência no Rio.

FONTE: UOL EDUCAÇÃO

EDUCAÇÃO AUDIOVISUAL

11/01/2011 - 07h00
Educação audiovisual estimula pensamento científico
Sandra O. Monteiro
Da Agência USP

A educação audiovisual pode ser um diferencial na educação brasileira, principalmente nas periferias. De acordo com um estudo realizado na Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP, os alunos são livres para gravar e mudar parâmetros como luz, foco ou distâncias, depois analisam e comparam os resultados.


“É um estímulo ao pensamento científico. Aos poucos surge um pensamento crítico-analítico em que cada conceito na linguagem audiovisual é formado ou reformulado por meio de uma compreensão natural”, conta a cineasta Moira Toledo, autora da tese de doutorado Educação Audiovisual Popular no Brasil: Panorama, 1990-2009, defendida em 2010.


Segundo o estudo, 80% das entidades que desenvolvem projetos de Educação Audiovisual Popular (EAP) o fazem sob a ótica de uma educação democrática e libertária.


A Educação Audiovisual Popular (EAP) é a atividade educativa gratuita, promovida por uma entidade ou agremiação informal de pessoas, voltada, entre outros objetivos, ao ensino dos meios de realização audiovisual especialmente para cinema. O público-alvo destas atividades são jovens moradores de bairros urbanos localizados em bolsões de pobreza, ou grupos socialmente marginalizados, tais como comunidades indígenas e quilombolas, portadores de necessidades especiais, frequentadores de Centros Psicossociais (CAPS e CAPS/AD), dentre outros.


Neste contexto, educadores constroem o que a cineasta denomina – em consonância com Dagmar Garroux (Da Casa do Zezinho) - “pedagoDia”, que se traduz em um método “sem método”, construído cotidianamente, num processo de aperfeiçoamento das práticas pedagógicas a partir de experiências vivenciadas a cada dia.

Metodologia e pesquisa
Para realizar a pesquisa, Moira estudou entidades que tinham como foco central o audiovisual; o desenvolvimento prático e experimental de metodologia original; características artísticas, e entidades de formação de jovens autônomos e empreendedores neste campo.


As entidades foram mapeadas inicialmente durante o processo de construção do banco de dados da seção KinoOikos Formação do Olhar do Festival Internacional de Curtas-Metragens de São Paulo, organizado pela Associação Cultural Kinoforum. Na parte não presencial da pesquisa, foram realizados quatro questionários. O primeiro questionário mapeou as entidades e delimitou dados como localização, perfil, contato e público da entidade; os outros três questionários tiveram como objetivo diversificar os pontos de vista sobre as entidades e projetos levantados a partir da percepção de coordenadores, educadores, alunos e ex-alunos.Todos os questionários foram preenchidos por um profissional designado livremente por cada entidade.


A segunda parte da pesquisa, realizada presencialmente e registrada em vídeo, consta de 21 entrevistas, com 30 diferentes profissionais e alunos, escolhidos por meio de diálogos com os representantes das entidades nas cidades de Rio de Janeiro, Belo Horizonte e São Paulo, entre fevereiro e agosto de 2009. A escolha das entidades considerou o compromisso central, efetivo e contínuo com a Educação Audiovisual Popular; o desenvolvimento intuitivo ou sistematizado de uma metodologia original de ensino audiovisual popular; a qualidade artística dos vídeos, atestada pela participação em festivais e exibições públicas; a notória qualidade na formação de jovens autônomos e empreendedores.


Houve ainda, duas entrevistas coletivas com grupos de alunos (no Cinema Nosso, no Rio de Janeiro) e de educadores (na Oficina de Imagens, em Belo Horizonte).


Educação libertária e democrática
Pedagogicamente, Moira pôde perceber que em alguma medida “desaparece o professor – enquanto autoridade distanciada do aluno – para surgir um professor acessível que valoriza tanto a participação quanto o desenvolvimento de responsabilidade e autonomia do aluno”.


Não existe a padronização de educadores e coordenadores dos projetos. Segundo a pesquisa, foram detectados “cineastas, comunicadores, artistas plásticos, professores de escolas públicas, psicólogos, antropólogos, pedagogos, assistentes sociais, fotógrafos, arquitetos, publicitários, dentre outros”.


Moira ressalta que “esta diversidade e o envolvimento dos próprios alunos gera uma convivência rica em diálogos e críticas, e os alunos são impelidos a lidar com seus sentimentos, talentos e defeitos, além de serem obrigados a aprender na prática que a crítica se destina ao trabalho e não à pessoa”.


A pesquisa ainda destaca forte predominância de autores e métodos ligados à herança das educações democrática e libertária, sendo o educador Paulo Freire um dos autores mais citados. Segundo a pesquisadora, “nota-se que Freire surge com diferentes profundidades de diálogo com o cotidiano de cada projeto, estimulando a participação, a curiosidade e a pesquisa na formação de projetos pedagógicos que valorizam o papel do educador e oferecem contribuições interessantes, viáveis e alternativas aos métodos atuais empregados nas escolas formais.


Produções no Brasil
De acordo com o estudo existem 113 entidades no Brasil que desenvolvem projetos audiovisuais; 76,5% na região sudeste e 33,5% nas demais regiões . Nos últimos vinte anos, foram realizadas ao menos 3300 produções audiovisuais de curta e média-metragem a maior parte, por jovens da periferia.


Ainda segundo a cineasta, “o Brasil é uma liderança na produção de tecnologias de educação para as mídias (internacionalmente mais conhecida como Media Literacy), porém necessita do surgimento de políticas públicas de incentivo que, aliadas às iniciativas do terceiro setor, possam fomentar projetos que dêem conta dos eixos centrais dos projetos vinculados à EAP: a gestão (compartilhada por professores e alunos), o espaço (ambientes agradáveis que estimulem a convivência), a adesão (alimentação durante o período do curso, auxílio-transporte e bolsa de estudos) e a interação (liberdade de atuação e estímulo à experimentação pedagógica, exploração)”.
FONTE: UOL EDUCAÇÃO

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

ALEXANDRE, O GRANDE

Rei da Macedônia
Alexandre, o Grande
356 a.C., Macedônia
13/06/323 a.C., Babilônia
Da Página 3 Pedagogia & Comunicação

Alexandre, filho de Filipe da Macedônia, tornou-se rei em 338 a.C.
Conta a lenda que a mãe de Alexandre, Olympia, no momento da concepção, sonhou que uma serpente entrou silenciosamente no seu quarto. Insinuando-se entre os cobertores, deslizou entre suas pernas e seus seios, e a possuiu sem machucá-la. E o seu sêmen se misturou com aquele que o marido, o rei Filipe 2º, lhe dera momentos antes de ser vencido pelo sono e pelo vinho.

Alexandre era filho de Filipe da Macedônia, que se tornou rei em 338 a.C., dominando toda a Grécia, com exceção de Esparta. Aos 13 anos recebeu como preceptor ninguém menos que Aristóteles, um dos homens mais sábios de sua época e de todos os tempos. Com ele, Alexandre aprendeu as mais variadas disciplinas: retórica, política, ética, ciências físicas e naturais, medicina, geografia; e conheceu as obras de autores como Eurípides e Píndaro.

Ao mesmo tempo, o príncipe se interessava pelas artes marciais e pela domesticação de cavalos. Na arte da guerra, Filipe 2º, militar experiente e corajoso, instruiu o filho com conhecimentos de estratégia e de comando. Alexandre, com 18 anos, pôde mostrar seu talento quando, à frente de um esquadrão de cavalaria, venceu o batalhão sagrado de Tebas, na Batalha de Queronéia, em 338 a.C.

Depois do assassinato de seu pai em 336 a.C., Alexandre assumiu o trono da Macedônia enfrentando resistência em algumas cidades gregas. Com o poder nas mãos, o jovem rei que viria a ser conhecido como Magno (ou o Grande) deu início à expansão territorial do reino e ao seu ambicioso projeto de conquistar o Império Persa. Contava com um exército poderoso e organizado, dividido em infantaria, cuja principal arma eram lanças de grande comprimento, e em cavalaria, que constituía a base do ataque rápido ao inimigo.

Em 334 a.C., Alexandre cruzou o Helesponto - o estreito de Dardanelos, na atual Turquia -, e já na Ásia avançou até o rio Granico, onde enfrentou os persas pela primeira vez e alcançou a vitória. Prosseguiu triunfante em sua jornada, arrebatando cidades aos persas, até chegar a Górdia. Diante das perdas, o rei da Pérsia, Dario 3º, foi ao encontro do inimigo. Na batalha de Isso, em 333 a.C., consumou-se a derrota dos persas e começou o ocaso do grande império.

Em seguida, Alexandre empreendeu a conquista da Síria em 332 a.C. e entrou no Egito. Seu sonho, além de aumentar em poder e em glória, era unir a cultura oriental à ocidental. Respeitou os antigos cultos aos deuses egípcios e até se apresentou no santuário do Oásis de Siwa, onde foi reconhecido como filho de Amon e sucessor dos faraós. Mas a tendência à fusão das duas culturas gerou desconfianças entre seus oficiais macedônios e gregos, que temiam um excessivo afastamento dos ideais helênicos por parte de seu monarca.

Em 332 a.C. fundou, no Egito, Alexandria cidade que viria a converter-se num dos grandes focos culturais da Antigüidade. Um ano depois, Alexandre enfrentou novamente Dario 3º na batalha de Gaugamela, cujo resultado determinou a queda definitiva da Pérsia em poder dos macedônios. Morto Dario, Alexandre foi proclamado rei e sucessor da dinastia persa em 330 a.C.

No ano 328 a.C casou-se com Roxana, filha do governante da Bactriana, com quem teve um filho de nome Alexandre 4o. Em 327 a.C. dirigiu suas tropas para a Índia, onde fundou colônias militares e cidades, entre as quais Nicéia e Bucéfala, às margens do Rio Hidaspe. Ao chegar ao Rio Bias, porém, suas tropas, exaustas, se negaram a continuar.

Alexandre decidiu regressar à Pérsia, viagem penosa, sob o ataque de povos hostis, na qual foi ferido mortalmente e acometido de uma febre misteriosa, que nenhum de seus médicos soube curar. Alexandre morreu na Babilônia, a 13 de junho de 323 a.C., com apenas 33 anos.

O império que edificou, em 12 anos, ia do rio Indo ao Nilo, com as culturas helênica e oriental interpenetrando-se e produzindo uma nova civilização que talvez tenha sido o maior legado de Alexandre à humanidade.

Fonte: Who Was Who in Greek World, Diana Bowder, Phaidon Press

UOL EDUCAÇÃO

Brasileiro se interessa mais por ciência, mas desconhece instituições de pesquisa PUBLICIDADE

10/01/2011 - 14h41
Brasileiro se interessa mais por ciência, mas desconhece instituições de pesquisa
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SABINE RIGHETTI
DE SÃO PAULO

Não é só por bola de futebol que o brasileiro se interessa, mas também por pipetas e microscópios. Pelo menos é isso o que sinaliza uma pesquisa do MCT (Ministério da Ciência e Tecnologia).

De acordo com os dados, o brasileiro está mais interessado em ciência e tecnologia do que estava em 2006 e o interesse declarado (ou seja, o que a pessoa afirma ter) já supera até o tema "esportes".

No entanto, apenas 12% dos entrevistados conseguem citar o nome de um cientista brasileiro e só 18% sabem mencionar de cabeça uma instituição científica.

Quem consegue nomear está na parte mais rica da população. "Isso mostra que o Brasil ainda é uma país extremamente desigual", analisa o físico Ildeu de Castro Moreira, coordenador do trabalho.

E os cientistas mais citados são Oswaldo Cruz e Carlos Chagas. "Praticamente ninguém menciona cientistas sociais, sendo que o Brasil têm nomes importantíssimos como Paulo Freire e Gilberto Freyre", completa.

A pesquisa consultou 2.016 brasileiros com objetivo de investigar as atitudes e percepções dos brasileiros sobre a ciência e tecnologia. O trabalho dá continuidade a uma investigação similar realizada em 2006.

RESULTADOS

A amostra foi desenhada de acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), de modo que os resultados possam ser projetados para o que o brasileiro "médio" pensa sobre vários temas.

O nível de interesse em ciência e tecnologia aumentou significativamente desde 2006. O número de interessados ou muito interessados no tema subiu de 41% para 65% dos respondentes.

Em ambiente, o interesse disparou de 58% para 83% no mesmo período --empatando com o gosto por medicina e saúde.

Para o coordenador do trabalho, o resultado condiz com o momento atual de preocupações ambientais no mundo e no Brasil- especialmente na Amazônia.

FUTEBOL E CIÊNCIA

Outro dado que chama atenção é que o tema "ciência" tem quase o mesmo nível de interesse declarado (65%) que esportes (62%).

"As pessoas, no geral, estão mais interessadas em todos os assuntos. No caso da ciência, isso reflete o momento positivo da situação econômica do país e a ampliação do acesso a espaços e atividades científico-culturais", explica Moreira.

Apesar do interesse científico declarado de boa parte dos entrevistados, 92% dos consultados revelaram que não frequentam museus de ciência (37% dos quais sob a justificativa de que eles não existem na sua região).

Mesmo baixo, o número de visitantes dobrou desde 2006, passando de 4% para pouco mais de 8%.

Entre as pessoas com ensino superior completo, no entanto, o índice de visitação sobe para 14% dos respondentes- e se aproxima dos índices europeus, que é 18%.

MAIS CONFIANÇA

Outro dado que muda de acordo com a escolaridade e classe econômica do entrevistado é o índice de confiança em determinados profissionais como fonte de informação --com exceção de médicos, que são "confiáveis" para todas as classes.

Entre os mais pobres, a confiança nos religiosos é maior do que nos cientistas. Já nas classes com mais recursos e formação, os campeões são os cientistas de instituições públicas. Quem faz ciência em instituições privadas parece ter uma certa descrença do entrevistado.

Em relação à ciência brasileira, a opinião geral é que ela vai bem. A avaliação sobre a posição da ciência do Brasil no mundo tem se tornado cada vez mais positiva.

Para metade dos brasileiros consultados, ela está hoje em uma posição intermediária.

Mas, novamente, o resultado muda conforme a condição econômica: pessoas de classes menos favorecidas têm, em geral, uma posição mais otimista em relação à ciência brasileira.

Em outras palavras, quanto menor o nível econômico do entrevistado, mais ele declara achar que a ciência nacional é bastante avançada.

Fonte: UOL EDUCAÇÃO

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

A queridinha das empresas
Educação a distância ganha cada vez mais espaço nas empresas, que investem pesado em ações voltadas para a educação continuada de seus funcionários

Vinícius Cherobino

O e-learning segue forte nas corporações brasileiras. De acordo com dados do censo realizado pela Associação Brasileira de Ensino a Distância (Abed), nada menos do que 208.743 mil funcionários participaram de cursos dessa natureza no Brasil em 2009, alta de 82% perante o número registrado no ano anterior. Ao analisar apenas os colaboradores (sejam eles fornecedores, clientes ou terceiros), os números são mais modestos, mas também apontam para crescimento: 45.883, alta de 18% na comparação ano a ano.

Mas o que justificaria o interesse das empresas brasileiras pelo ensino a distância? Um dos pontos mais simples para explicar esse crescente interesse é estritamente financeiro: é muito mais barato, do ponto de vista da empresa, treinar o funcionário sem tirá-lo da sua sala (ou casa). Além disso, criar o conteúdo e distribuí-lo via internet ou satélite minimiza a perda de produtividade, reduz sistematicamente os problemas de logística e facilita treinar um grande número de pessoas. Se uma empresa precisa criar dez turmas com 100 pessoas espalhadas em várias unidades pelo Brasil, o ensino a distância é a saída mais fácil. O funcionário faz o curso (e as avaliações) quando puder e não é preciso reunir todos em uma mesma sala.

Educação continuada
Não é à toa que pesquisa da Abed com 23 empresas de todo o Brasil aponta que 100% das corporações definem redução de custos como fator importante para a adoção desse modelo, seguido por agilidade na realização dos cursos (93%).

O lado financeiro, contudo, responde apenas por parte da equação. Para companhias preocupadas com a melhoria contínua de seus produtos e serviços, o método se mostra como uma ótima ferramenta.

Como? Capacitando o material humano das maneiras mais variadas possíveis e nas diversas hierarquias - seja em treinamentos sobre novos produtos em cursos de graduação ou de formação técnica para funcionários de nível operacional, seja no ensino de novos idiomas e pós-graduação para aprimoramento do profissional de alta patente.

"O caminho dessa modalidade nas corporações está sendo construído em conjunto com o conceito de universidade corporativa, com o ideal da educação continuada dentro das empresas", resume a professora adjunta da Universidade Federal de São Paulo e membro do Conselho Fiscal da Abed, Rita Maria Tarcia.

Porém, apesar do crescimento, a realidade da EAD está longe de ser perfeita nas empresas. A pesquisa da Abed apontou, ainda, que a impessoalidade do modelo é vista como desvantagem para 73% dos respondentes - ponto particularmente importante quando se discute engajamento dos alunos em um modelo de ensino que demanda mais disciplina e organização dos estudantes.

Além disso, outro dado aponta uma realidade preocupante: apenas 7% dos entrevistados fazem um acompanhamento da aprendizagem dos cursos a distância, enquanto a maioria (80%) baseia a avaliação em relatos ou relatórios preenchidos pelos próprios participantes dos cursos. Algumas páginas em que o aluno diz se aprendeu ou não, garantem os entrevistados, estão longe de provar se o aprendizado aconteceu de fato.

O lado ruim do crescimento
A grande procura pelo ensino a distância teve uma consequência: multiplicação de empresas que se dizem especialistas nesse modelo, mas que não apostam na qualidade. A forte atuação delas nesse setor culminou em um mercado hostil com forte competição por preço em detrimento do resultado final para os alunos - e para as corporações. No geral, concordam os entrevistados, preço mais barato significa resultados abaixo da crítica.

"Algumas empresas descobriram uma mina de ouro chamada EAD. Mas gravar a aula e mandar via satélite cobrando R$ 180 não é ensino a distância. Isso não forma ninguém", alerta o fundador da Associação Internacional de Educação Continuada (Aiec), Vicente Nogueira Filho.

Para Carlos Allegretti, um dos responsáveis pelo setor de ensino a distância na Universidade Paulista (Unip), a falta de uma regulamentação bem definida do Ministério da Educação facilitou a explosão de capacitação com qualidade duvidosa. Cursos sem tutor ou monitoramento dos alunos, sem nenhuma estrutura nos polos de ensino e sem bibliotecas são comuns. "A concorrência desleal derrubou o preço dos cursos. Mas as políticas recentes do MEC atacam estas escolas que não atendem ao aluno, e o cenário está melhorando", acredita.

Rita, da Abed, faz a ressalva de que as ofertas ruins de serviços não são exclusivas do segmento de ensino a distância. Trata-se de um fato comum não só em educação, mas em mercados muito aquecidos e com muitos competidores. "O setor cresceu 90% nos últimos dois anos. Mas, se compararmos com os últimos dez anos, houve uma melhora considerável na qualidade", garante.

Como mensurar
Mas como identificar o sucesso do ensino feito a distância e saber se o funcionário, realmente, aprendeu? Essa é uma das perguntas mais complexas de ser respondidas e que mais preocupa as empresas. O retorno sobre o investimento, chamado de ROI (Return Over Investiment) no mundo corporativo, é uma métrica particularmente difícil de medir quando se fala em treinamento de funcionários. Não há fórmula mágica, mas as empresas tentam algumas estratégias para saber se o investimento em educação compensa.

Uma das práticas adotadas é comparar o curso a distância com uma alternativa presencial, a questão nesse caso são os custos, já que realizar o treinamento de 30 mil funcionários espalhados pelo Brasil inteiro, por exemplo, é mais barato via EAD.

"Definir as métricas é sempre um desafio, mas é preciso ir além do aspecto financeiro. Um bom caminho está em identificar como ele está colaborando no dia a dia do profissional", resume Rita, da Abed. O retorno na prática profissional é sempre a melhor recompensa para a empresa. "Se ele estiver usando o treinamento em sua rotina, tudo indica que o curso foi bem sucedido", diz Rita. E os dois lados ficam felizes.

Quem investiu mais

De acordo com dados do censo realizado pela Associação Brasileira de Ensino a Distância (Abed), o governo foi o maior usuário de EAD corporativa em 2009 (58%), seguido por serviços (22%), indústria (8%) e comércio (4%). As ações de treinamento (71%) foram as mais comuns em 2009. Depois, vieram aperfeiçoamento (62%), cursos livres (29%) e reciclagem (24%). Com 14% cada, formação profissionalizante, extensão e pós-graduação estão logo atrás. As áreas que usaram mais o EAD em 2009 foram: finanças (14%), informática (12%), planejamento e gestão (10%), educação e cidadania (6%) e formação de lideranças (4%).

Corporações querem resultado

Uma das principais preocupações das empresas ao treinarem seus funcionários via EAD é com relação aos resultados. A sócia-diretora da Companhia de Idiomas, Ligia Crispino (foto), sugere às instituições de ensino ou provedores do conteúdo que definam métricas em conjunto com a empresa-cliente. Reuniões em que as expectativas são claramente definidas - pelo RH e pela diretoria da empresa - são um bom caminho para evitar decepções.

"Mais do que uma nota, o que está em jogo é a assimilação de conteúdo. A empresa precisa responder, antes do início do curso, o que será satisfatório", diz.

As empresas, por outro lado, sabem que não existe uma fórmula mágica para criar indicadores confiáveis sobre a eficácia dos cursos a distância, mas o departamento pessoal é o responsável por tentar acompanhar o desempenho, que nem sempre é creditado ao curso. "Quando se fala de treinamento de um produto, por exemplo, mede-se a quantidade de vendas antes e depois. Mas, já aviso, se o resultado for positivo, vai ser difícil provar que foi a EAD.
Todo mundo quer ser pai de filho bonito", brinca o diretor de relacionamento da Take 5, Ricardo Franco (foto).

Para ele, de maneira geral, o melhor caminho é procurar estabelecer uma média de produtividade por usuário antes e depois.


Novas tendências

Como em qualquer mercado intimamente relacionado com tecnologia, o e-learning tem novas tendências chegando a todo momento. Em uma mistura de novas funcionalidades tecnológicas, ideias inovadoras e hype (promoção extrema de uma pessoa, ideia ou produto), o mercado tem novos termos que são alardeados pelas empresas do setor. Entre eles estão os chamados entertraining e advertraining. O primeiro aposta em estratégias de entretenimento (como o uso de jogos corporativos) para garantir maior atenção e engajamento dos funcionários em treinamentos a distância, enquanto o segundo utiliza as técnicas da publicidade para atingir fim semelhante.

Outra tendência é o mobile training. Aproveitando o fato de os celulares estarem nas mãos de 91 de cada 100 brasileiros, de acordo com dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a EAD pode apostar no mobile training para funcionar como, por exemplo, uma ferramenta para facilitar o acompanhamento do curso ou para reproduzir conteúdo em áudio das aulas em períodos em que o aluno está em trânsito.

Já Rita Maria Tarcia, da Abed, recomenda cautela com as novas tendências. Segundo ela, em vez de correr atrás de tudo o que é novo e chamativo, é mais interessante entender os conceitos e aplicar conforme o projeto em mãos, estudando caso a caso. "Há, sem dúvida, potencial pedagógico nestas técnicas, mas depende muito da maneira como são usadas. A tecnologia deve ser um meio para o fim, que é o ensino", acredita.

Fonte: UOL EDUCAÇÃO